Billy Corgan dos Smashing Pumpkins comentou no Globo
( http://bit.ly/arGC5D ) sobre sua desilução do poder de modificação da música, sua transformação em puro (somente) entretenimento. Ano passado li a mesma opinião vinda da banda Skank.
Enfim, gostaria só de saber se alguém já teve alguma epifania em relação à música. Tenho certeza de que isso é mais fácil com um livro, porque o tempo de relação entre leitor e as palavras permite uma modificação da percepção que também pode se chamar de hipnotismo através da leitura.
Mas nenhum poder de mudança? Só entretenimento? Será que tudo tem preço? Será que a Geração Y querendo mudar o mundo conseguirá deixar para a próxima geração (Z?) alguma coisa não-vendável? Ou pelo menos ouvir com consciência da letra e talvez, talvez, mudar um pouco de atitude. Será que vocês não conhecem alguém que ao ouvir uma música perguntou quem era o cantor, ou sua influência, ou leu alguma coisa além da letra, pesquisou a fonte de inspiração ou se identificou a ponto de agir.
Espero que a liberdade da internet permita o trâmite de músicas com conteúdo, livres da pressão das rádios, dos empresários, música que seja apreciada por vontade e não por insistência.
Que aquilo que se lê, ouça, vê, sinta, prove tenha sua reflexão pessoal.
Peço que não consuma livros, não consuma música, não consuma arte, cultura, não consuma, saboreie. Não precisamos ser densos o dia inteiro, gritar ou rebolar pra relaxar é correto, é salutar, a vida é muita pressão na cabeça sim!
Mas ouvir que "a novinha tá dando demais e é bom" e ficar rindo, pra mim não dá !
A propósito, pra noticiar, estou sendo bastante influenciado pela música dos
"Os Seminovos", letra na minha opinião, decente com bom arra http://charges.uol.com.br/seminovos_manifesto.php
Que sejamos pelo menos conscientes do que nos alimentamos.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Música e poder de transformação
Postado por Nossa Mesa Redonda às 22:40 4 reflexões
Tópicos Entretenimento, filosofia
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