sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Toda expressão pessoal é idiota

Toda arte é individual. Isso não é inventado por mim, mas sim profetizado por Oscar Wilde. Toda arte é uma expressão da pessoa sobre como ela enxerga o mundo. É usar as próprias palavras para contar as histórias que seus ouvidos escutam.

Nisso está a dificuldade de interpretação. Se eu vejo um mundo verde, mas o expresso em amarelo, uma pessoa que veja o mundo azul, lerá minha expressão em laranja. Não que isso seja regra, mas as regras de probabilidade mostram que a interpretação será múltipla de uma mesma obra.

Nisso, encontramos em certas obras da literatura, que adaptadas pro cinema não conseguem transmitir certas ênfases que nos identificamos no livro. Aí terminamos dizendo, “Filme ruim pacas! / Nada a ver com o livro!”


É claro que não, o filme veio da visão de um homem, e mesmo que ele procure enxergar a partir de nossos olhos, muito ainda será esquecido ou deixado de lado.

( Minha verdade da última semana: Adaptações de livros para o cinema não deveriam ser feitos por diretores de cinema, e sim por marketeiros políticos! )

Aí nós podemos transmitir nossa visão para a política. Apesar de ser uma área supostamente lógica, existe muito sentimento das necessidades envolvido. Um acredita que é mais importante isso do que aquilo, e outro acha que o aquilo é importante, mas o treaquilo é mais urgente, e um terceiro enxerga que se o quaquilo é vital pois irá se exprimir uma escalar evolutiva geométrica pra inibir o quintaquilo e o isso não tem nada a ver com aquilo.

Nossa democracia é vital para a exposição de todas as expressões de visão, mas invariavelmente tende à anarquia interna se não houver um acordo de interesses.

Ah, acordo de interesses leia-se “corrupção”.

Isso mesmo, corrupção !!! Não no sentido do dicionário, de corrompido, depravado, subornado, condizendo a benefícios ilegais em troca de outros benefícios também desonrosos. Mas no sentido de facilitar os interesses de outrem, em troca de uma facilitação em seus interesses.

Não me julguem, não fiz a história!

A miopia na visão estratégica de um governo pode ser encarada como diferenças nessas interpretações e assim para uma resolução efetiva, que acompanhe com a força do Estado, é necessária a corrupção. Pelo menos para atender cada necessidade de uma vez.

Imagine só. Somos dois políticos. Eu acho que a saúde é mais importante que a educação, e você acha o inverso. Temos um mesmo recurso financeiro, sabemos que dividir em dois deixará os dois investimentos fracos, então existe uma corrupção, te facilito agora na educação e no próximo ano você me apóia na saúde.

Claro que estou representando um lado bom da corrupção, mas esse lado que quero enfatizar. Dizer que os jogos de interesses não são tão sujos como se coloca. Interesses altruístas devo relembrar, não estou defendendo os interesses pessoais.

A solução para definir o governo, a corrupção e a sociedade como bons ou maus?
Nunca tive tais pretensões, o que eu gosto de pôr lenha na fogueira. Alguém joga mais um graveto ??

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O trabalho dignifica o homem

Que bobeira! O que me dignifica é o dinheiro que está entrando na minha conta. Se não fosse pelo dinheiro, acham que eu iria acordar cedo, me estressar, enquanto poderia estar fazendo mil coisas mais divertidas?

Apesar disso, alguns pontos positivos podem ser citados: novas pessoas são encontradas, novas amizades, outra realidade e visão de mundo. Mas daí dizer que se é menos digno porque não se trabalha acho que não tem muito a ver. Aliás, digno de que? Pena? Respeito?

Isso vem com as ações da pessoas, e não apenas com o fato de trabalhar ou não. Afinal, o ladrão sai cedo de casa, marca seu ponto, realiza seu trabalho, complicado e estressante, e volta no final do dia com o "de comer" da família. E aí?
E viva dinheiro na conta!

*Post rápido porque agora o tempo encurtou um pouco. Antes: 12 horas de sono, algumas de faculdade e o resto de bobeira. Agora: 6~7 horas de sono, 6 horas de trabalho, mais algumas horas de faculdade e o restinho tenho que 'estudar' pra sair da faculdade!

sábado, 2 de agosto de 2008

Saiu no Jornal

Este post é mais informativo. Saiu no Jornal O Globo, mais precisamente no Globinho, uma matéria falando da censura das propagandas de Fast-Food. Ler aqui

Ao que parece, as crianças são o principal alvo dos anúncios, que são mais facilmente influenciadas. O Ministério da Saúde alega que por o consumo desses alimentos (Fast-Food) ricos em gorduras, sal e açúcar traz malefícios à saúde das crianças, isso as levaria a uma obesidade infantil ou facilitaria o aparecimento de distúrbios alimentares e mal à saúde.

Ou seja, o que antes era legal de se fazer, atividade normal de grupos de amigos, encontro de amigos, válvula de escape teen para o stress, agora faz mal a saúde e deve ser evitado.

Não posso deixar de ver essa associação com o cigarro, que antes era algo de alto nível, elite, sensual, saudável, sabe? Trazia toda uma aura de ser superior para quem o detinha nos dedos e depois se tornou vício cancerígeno destruidor de vidas, símbolo de intelectuais artísticos, mas ainda assim rejeitado em muitos cantos. Proibido em diversos locais públicos, só falta proibirem em todo espaço público como já existe em certo país oriental.

Toda essa trama já foi apresentada no filme Obrigado por Fumar, apresentando não apenas uma defesa do direito de fumar, mas uma limpeza da atitude míope de colocá-lo como vilão quando existem tantos outros também tão absurdos.

Isso no fim, me leva a questionar, o quanto é verdade as verdades de hoje? Quantas coisas existem hoje em dia, que nos marcam para a morte certa e sofrida e nem somos avisados?
Será que eu tenho em casa uma antiga máquina de tortura usada hoje em dia para aquecer alimentos? Será que tudo que me dizem é verdade, pelo menos até semana que vem?

Enquanto não somos informados das verdades e inverdades publicadas como certezas cunhadas em tábuas divinas, vamos achando graça dos nossos antecessores, rindo como eles eram bobinhos ao acreditar em cada invenção provada hoje pela história como mentira.

E depois serão nossos filhos rindo de nós.