segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Ano Velho - Ano Novo

É. Mais um Ano chega. Mais dias intermináveis a existir, que terão de ser engolidos com ou sem álcool, cigarro ou outras drogas. Lembro-me de ter lido uma crônica que falava sobre a incrível mente que determinou os 365 dias como um ano. Claro que ele estava preocupado com o controle do giro da Terra em torno do Sol, mas putz ! Nós precisamos dessa noção de tempo, de descanso, de renovação, de reformulação, de banho quente e bom sono. Na realidade é só mais um dia, só que nós humanos precisamos criar regras para nos forçarmos às mudanças.

Um tempo de, ... Faxina, em nós e no nosso pequeno universo.
É um momento ótimo para retomada de antigos projetos, amores, vontades, desejos; um momento, excluído do tempo para uma limpeza pessoal, decisões e retomada de valores.

hehehe Promessas também, nota metal: Observem as pessoas mais nervosas ou chorosas e ouçam como elas fazem uma prece prometendo Deus e o Mundo.

Apesar de não ser uma pessoa muito clima de Natal e fim de Ano, aconselho a repensarmos nós mesmos, nossas atitudes e nosso mundo.

Então que venha o Ano-Novo! Eu não estou pronto e tenho certeza de que nunca estarei, mas e daí? Vamos aproveitar os sabores e dissabores dessa mais nova aventura.

Essa mentira bem contada de Ano-Novo, foi uma das melhores que já inventaram.


Outra coisa, umas incríveis simpatias para um 2008 maravilhoso !!!

Uma que eu adoro é começar 2007 sem nenhuma conta pra pagar, é incrível como isso facilita sua vida, só que é meio difícil de fazer. Hum vejamos, eu também adoro outra que é o seguinte no ano seguinte, escolha um dia para ser uma pessoa de bem com a vida. Se você for religioso, pense em por que Deus está te fazendo viver aquele momento. Obs.: Essa simpatia permite seu ano ter uma grande probabilidade de ser maravilhoso, se você fizer 365 vezes seguidas, parece aquela de pular sete ondinhas seguidas né?

Ah, eu também gosto da seguinte simpatia: Escrevo numa folha de papel todas as minhas reais vontades na vida, se não souber o que quero escrevo “ter alguma meta na vida”. Daí colo na parede do meu quarto isso, ou algo que me relembre isso e tento manter esse pensamento fluindo na minha mente durante o resto do dia. No dia seguinte, cumpro a simpatia. Se dá certo? Vou ver no final do ano. Encontro vocês lá, ou não.


domingo, 9 de dezembro de 2007

Escrever coisas inúteis nem sempre é inútil

Só quero levantar uns raciocínios simples que tive, ou li em algum lugar, mas se li não me lembro.

Conversando com meu amigo Koala hoje, falei sobre o fato da lei da gravidade. O cara chega e escreve uma “lei” sobre as coisas que caem da altura em que estiverem para atingirem o solo. Falando dessa maneira, parece ser bem lógica, e para nós é tão normal que chega a ser sem-noção comentar isso.

Mas aí é que está. Primeiro de tudo a lei não era só isso, e o mais importante, se ela não tivesse sido “escrita” não teria sido estudada.

Percebam só, toda tese para que seja forte e consiga ser disseminada no mundo, precisa ser criada (lógico), mas precisa de uma antítese que a teste. Como uma chance de que ela esteja errada, uma dificuldade a ser vencida, uma questão mais difícil de explicar para assim, e somente assim, termos a síntese que é validada.

Esse é o processo de crescimento de conhecimento. Todo conhecimento para ser respeitado tem de ser contestado. Isso me remete ao texto anterior, sobre a função evolutiva dos do - contra .

Mas, se Issac Newton não tivesse se dado ao trabalho de criar um estudo sobre uma coisa simples, que é uma maçã cair do galho de macieira e chegar até o chão, não se teria chego à conclusão da sua lei da gravidade. Ou seja, às vezes precisamos de uma gama de informações simples que nos permitem ordenar o pensamento até compreender outras complexidades.

Porque quando ele chegou e falou dessa lei, certamente alguém veio e disse que ele era um burro e veio na brincadeira de jogar uma folha de papel ou outro material. Daí, Newton rebateu com a explicação do ar e a área da folha de papel, e todo mundo foi assistindo a discussão e tendo as suas próprias idéias. Esse é o ponto chave. Esse discutir de idéias foi responsável pela lapidação do conhecimento acerca de algo bastante simples.

E depois tem as pessoas que estudam essas leis e discutem. Toda discussão se observada por pessoas que tenham atenção é como uma grande luta.

Quem estiver atento à “luta” perceberá um monte de coisas que podem ou não ter nada a ver com o termo luta. Alguns vão perceber a musculatura se esticando, outros ficarão mais espantados com as expressões corporais de domínio da situação, outros enxergarão a luta como uma dança, e ainda vão ter os que irão comentar sobre os motivos da luta e o que isso gerará.

Ou seja, tem doido pra tudo! Cada um vai ver o que interessa para si e absorver informação para aumentar seus conhecimentos pessoais.

Como exatamente este texto e todos os outros que eu escrevi, em si, pode ser que não sirvam para muita coisa ou quase nada, mas são aquilo que preciso expor para depois ser questionado e questionar a mim mesmo. Vamos ver no que dá.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Adestramento ou Ensinamento

Estava eu, lendo um jornal de uma instituição de cunho religioso/social/político e li um texto sobre o ensinamento dos neófitos (iniciantes). Transcrevo aqui, um trecho:

"À primeira vista o silêncio do Aprendiz poderia parecer um condicionamento e um castigo; na realidade, o silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à libertação das paixões e dos maus pensamentos. Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Aprendiz apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê. Na realidade, o Aprendiz dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, ele analisa, critica e tira suas próprias conclusões: em suma, pelo silêncio, esta Instituição estimula o Aprendiz a desenvolver, a arte de pensar a verdadeira e nobre Arte Real."


Verifico aqui a ambigüidade da verdade. Não que esteja errado, não, mas ao mesmo tempo isso pode ser visto como uma forma de cegar os iniciantes. Eu disse "também".

Verifiquem só como que, realmente, numa pessoa mais introvertida geralmente se encontra um raciocínio diferenciado dos demais. Isso porque não compartilha as suas opiniões.
Também encontramos a atitude silenciosa nos arquétipo "idoso sábio", que tem uma opinião muito diferente dos demais, mas respeitamos a opinião do idoso porque supomos que sua experiência tenha peneirado a informação que ele nos traz, já o jovem introvertido, supomos somente que ele é um estranho incompreendido.

O jovem pode estar certo, se seguir o conselho acima, pois ele estará fazendo um re-avaliação de seu pensamento a todo o momento.

Agora vou entrar no foco deste post. A obrigação do silêncio ao Aprendiz provavelmente foi criada para que este se controle de seus impulsos juvenis e esperasse a maturidade para perceber que os Superiores estavam certos. Mas isso pode ter se tornado uma ferramenta de condicionamento, pois se você nunca puder perguntar o porquê das coisas, termina aceitando-as como um "assim é que deve ser". Entenderam?

Vou dar um exemplo: Se você pudesse perguntar diretamente à Deus porque existe a morte, ou porque o céu é azul, porque as coisas caem de baixo pra cima, terminaria questionando tudo, mas como somos incapazes de "discutir" diretamente isso com Ele, aceitamos.

Outro exemplo: Você chega na faculdade e recebe um trote (ritual), no começo você não entende, mas é "forçado" a participar da brincadeira e de várias outras sem questionar nada. No início, você não entende nada, mas não reclama. Depois de um tempo, você estará agindo da mesma maneira que os veteranos, sem mesmo perguntar por que o trote, ou se poderia ter alguma outra forma de sociabilização. O ritual existe e deve ser seguido.

Na minha visão, nenhuma instituição quer perder seu fundamento de criação e um bloqueio a iniciantes com pensamentos revolucionários seria um meio de adestrá-los a aceitar as coisas como são, antes que estes possam estar em poder de atuar em nome das mesmas.

E vocês, o que acham?

sábado, 6 de outubro de 2007

Celebridades na Política : Você é favor ou contra

Leitura (http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL145650-5601,00.html)


Navegando pela internet assustei-me com a novidade da candidatura da cantora Gretchen para a Prefeitura de Itamaracá (PE). Não sei se ria ou chorava, fiquei no boquiaberto mesmo. Parei para analisar de como estou confuso frente à política brasileira. Que política sempre esteve unida com “sujeira” isso não é regra, mas também é sabido desde tempos imemoriáveis e em todos os lugares do mundo. Onde houve poder, houve corrupção.


Mas percebi como já tinha me esquecido que Clodovil e Frank Aguiar haviam sido eleitos, não comento sobre seu trabalho atual, mas de como foram parar lá. Como?

Como nós votamos em celebridades que não tiveram sobre seu capítulo no estrelato nenhum comentário relevante sobre política, ou sobre feitos para a sociedade.

Foram famosos em seus ofícios na mídia, mas nunca estiveram num movimento político ou aproveitaram seu poder de comunicação para ligar seu público com as necessidades sociais, fora Criança Esperança e similares. Se fizeram, me desculpe, mas nunca ouvi soube na TV mesmo na Internet. Ou seja, estamos votando nessas celebridades por falta de crédito com os políticos atuais, como forma de protesto social, ou realmente acreditamos que cantores tenham vontade e capacidade de governo. Sim, porque a vontade pode ser uma mentira, através de um personagem que a celebridade admite para o público, mas e a capacidade. Mas gerir um governo, controlar finanças públicas, perceber o que é realmente importante para a população e para o país e ainda ter pulso e sabedoria para levar isso à frente não é algo tão simples assim.


O mais interessante é como você pode estar pensando mal das pessoas que votarão na Rita Cadillac ou no Serginho Malandro, mas como eu me surpreendi com a minha reação sobre a futura candidatura do iatista Lars Grael, como vice da prefeitura de São Paulo. Percebi que ele tinha, para mim, a imagem de um batalhador, uma pessoa obstinada, justa, triunfante, esperto, preocupado com os direitos dos deficientes ... mas isso não significa que ele tenha capacidade de controlar um Estado, e pior, saber brigar com a União pelas necessidades de sua população. Percebi que eu mesmo estava no meio do pessoal que incentivado a votar numa celebridade sem ao menos saber se ele sabe trabalhar naquilo. Se bem que temos o exemplo do “Exterminador do Futuro” que fez no estado dele uma política ambiental quase igual ao protocolo de Kyoto, contrariando a decisão federal do presidente Bush de não assinar o protocolo para o país.

Também fui procurar e soube que pelas novas regras eleitorais, você não pode ter outdoors, camisetas, ou fazer showmício ou boca-de-urna. Daí os líderes do partido estão procurando mais os famosos pra garantir votos pro partido.

Bem, agora que já apresentei os fatos, vou resumir a minha opinião.

Sou a favor da entrada de celebridades sim. Agora veja, sem essa entrada de famosos, como ocorre o jogo. Um grupo de políticos com esquema montado, todas as alianças de partido, legendas para candidatos novos são previamente organizadas para que só tenha apoio para entrada no Poder, quem já estiver ligado a algum poder lá dentro. Então a revolução política é difícil, pois para entrar é muito difícil sem apoio, e com apoio tem de se aceitar os termos previamente estabelecidos pelos atuais “coronéis”.

Então, essa entrada de celebridades cria uma mudança brusca, uma insegurança, pois pequenos partidos com uma celebridade forte poder virar a mesa antes mesmo que se organize uma cultura na celebridade de aceitação aos meios internos dos partidos. Também a imagem que nos temos dos artistas são de pessoas metidas a auto-suficientes, o que significa uma inscontância de seus atos de fidelidade ao partido, o que fará com que tenham sempre uma preocupação do tipo “O que aquele cara vai fazer agora?”.

Além disso os artistas estão sempre metidos em fofocas, mas poucos são os casos em que se fala de estarem fazendo algo de ilícito, pois isso prejudica a imagem e imagem para os Narcisistas é tudo, o que o distanciará um pouco de sujeiras políticas. Então, fico preocupado com idiotas segurando um grande poder, mas isso vai desestabilizar o monopólio de poder, o que, na minha visão vai permitir alguma mudança ou destruição disso tudo.

Espero que seja melhor, ou pra melhor.

sábado, 22 de setembro de 2007

A chama da vela está acesa ou é o pavio que está apagado?

Às vezes me pergunto pra que serve a ciência. Pra que desenvolver a tecnologia?
Fico pensando se os nossos antepassados viviam mais felizes que nós. Concordo que a tecnologia nos trouxe várias facilidades. Mas as dificuldades vieram a bordo desse mesmo barco. Quem não concorda com isso?

A minha questão se baseia no saldo desses dois pólos: facilidade/dificuldade. Algumas filosofias antigas (modernas) dizem que no universo tudo é dual; tudo tem seu gêmeo oposto, do outro lado da linha. O que nos cabe é perceber a que ponto do centro da linha vemos cada conceito. Concordo com isso; é a balança da vida.

Eu sou a favor da pesquisa, experiência, estudo dos fatos que nos cercam. Mas daí a deixar todo o resto para se focar somente nesse aspecto da existência parece algo incompleto.
Será que há um Deus? Algum ser superior criador de tudo o que vemos? Não entrarei no mérito dessa questão; não tenho muita paciência para discutir esse assunto e, com certeza, não tenho conhecimento espiritual/filosófico/experimental para formular uma resposta inteligente. Do mesmo modo que ocorre com a ciência física, acontece com a ciência “espiritual”. Um Deus nos traz facilidades e dificuldades. De novo, pomos esses conceitos na linha e verificamos sua distância ao centro.





Dito isso, o que eu me pergunto, finalmente, é: Até que ponto devemos pensar nesses assuntos? Quanto de entendimento do Universo e quanto de entendimento sobre um “Deus” devemos ter?
Pra mim tudo seria mais fácil se parássemos agora. Pra que saber se a matéria é indivisível? Pra que saber se existe vida após a morte?

Eu já estou feliz com o que eu posso fazer. Posso fazer o que eu quiser. Claro, há limitações. Mas já não é o suficiente o que eu posso fazer com a tecnologia e com a espiritualidade que eu tenho?
Aqui vale a pena pôr mais um conceito de filosofias modernas (antigas). Todas as coisas estão interligadas; tudo causa um efeito. No espiritual, é o karma. Na física, a ação e reação. Faça o que quiser agora. Espere acontecer com você amanhã.

Sou a favor de vivermos a vida de maneira mais simples. Funcionava antes de nós, de outro modo não estaríamos aqui.
No fim das contas, uma pergunta tem resposta: “Ninguém se importa”.

“Não me siga, posso estar perdido”. Frase de caminhoneiro...

domingo, 16 de setembro de 2007

Minhas impressões sobre o Livro "A máquina do Tempo" – de H.G. Wells

Neste livro ele conta a história do explorador do tempo, sem um nome definido que constrói uma máquina do tempo e viaja para o futuro e depois retorna ao tempo atual e conta sua história a seus amigos.

O futuro atingido involuntariamente pelo explorador é o ano de 802.701.

O explorador acredita que encontraria seres de ciência, arte e quaisquer outras áreas de conhecimentos evoluidíssimas, mas sofre uma profunda irritação ao tentar entender o futuro. A todo o momento o explorador tenta entender a lógica sócio-econômica do novo mundo, fica criando teorias diversas a todo o momento no livro, a cada novidade ele se encontra errado na idéia anterior e formula uma nova visão sobre a atual realidade. Com o tempo cria explicações para o que ele percebe com base nas suas deduções de seu tempo.

Ele encontra logo na superfície seres de constituição física frágil, bastante graciosos com a pele rosada, inteligência infantil e que apenas brincam o dia inteiro como crianças de coração puro. Os chama de Elóis. Saltam de um lado pro outro e ficam dando flores uns pros outros. O explorador percebe sua pouca inteligência e infantilidade ao tentar conversar e perceber que sua linguagem é bastante simples e direta, representando sua pouca complexidade de difusão de idéias; Sua fala bastante suave como uma criança que não possui rancor na vida.

Logo o explorador percebe que com a evolução dos conhecimentos, limpou-se o mundo dos insetos nocivos, das plantas venenosas e de quaisquer outros tipos de animais que não fossem pequenas aves. Não encontrou enfermos ou idosos e teorizou de que a ciência fez com que a natureza se adaptasse ao ser humano, ao passo que as conquistas sociais venceram o perigo do homem pelo homem. Nesse ponto o escritor analisa o bem e o mal na natureza, como o mal podendo ser limpo da mesma; Analisa as brigas sociais como uma necessidade de ajuste das diferenças sociais e a violência decorrente desta, e não algo da sociedade, mas sim do egoísmo e particularização no social. Encontra os Elóis em grandes edifícios, vivendo em conjuntos, sem a noção da instituição de família ou propriedade particular, pois não existia violência entre os humanos. O social era vencedor sobre o particular, no qual cada um deve se defender como pode do bicho homem, por isso os grupos são menores, para que se possa controlar cada um mais diretamente.

Fora do contexto social, tenho de comentar uma parte no livro em que o explorador após perder a máquina passa uma noite a praguejar contra Deus e o mundo, quase agredindo os Elóis por sua pouca inteligência e depois de chorar e dormir acorda melhor, pensando mais facilmente.

Isso é uma forma de se pensar num grande problema que temos na vida. Após uma noite de sono os problemas ficam mais fáceis de serem resolvidos.

Mas voltando ao livro, o explorador descobre a existência dos Morloques, seres modificados fisicamente para se adaptar a vida subterrânea. Possuem cor branca, pele como a de vermes e grandes olhos para captar luz na mais completa escuridão, na mesma lógica de evolução de animais que vivem em completa escuridão. Ele cria a teoria de que os trabalhadores passaram a trabalhar debaixo da terra ao passo que os ricos ficaram na superfície, pois em Londres, onde a história se inicia, grande parte dos locais estava vetada para a parte pobre da população e alguns trabalhos penosos eram feitos no subterrâneo; Inclusive o transporte subterrâneo que era usado pelos trabalhadores enquanto que o da superfície para os ricos. Daí o escritor cria um aumento dessa lógica ao longo dos anos, até o passo em que se dividem em duas castas sociais, os ricos preocupados com seu conforto e os trabalhadores pobres aceitando seus trabalhos pela certeza de ter o que comer. Dessa maneira a aristocracia controlaria os trabalhadores, criando trabalhos subterrâneos para mantê-los longe ao passo que estes aceitavam para não passar fome.

Com a tecnologia avançadíssima, esta se auto-supria, e a inteligência deixou de ser estimulada e assim, até chegar o ano de 802.701 a aristocracia foi se tornando os infantis Elóis e os trabalhadores os Morloques, que ainda detinham uma noção de pensar, pois existiam máquinas de ventilação subterrânea. Com supostas dificuldades de alimentação no subterrâneo estes passaram ao canibalismo com os Elóis, que sendo crianças, viviam sem se preocupar com nada com exceção da noite, na qual os Morloques subiam à superfície para se alimentar.

Os Elóis não tinham nenhum tipo de trabalho ou ocupação, apenas à preocupação da noite. Num dado momento, uma Elói quase se afoga e nenhum de seus semelhantes à ajuda, dessa maneira suponho que a evolução humana se dá não numa sociabilização, mas numa naturalização das coisas. A morte de um Elói se torna não desejosa, mas vantajosa para os outros, pois o morto será a alimentação para os Morloques e permitirão aos outros viverem mais, já que são os Morloques que fazem o controle populacional dos Elóis, por isso não são encontrados idosos que são mais fáceis de serem apanhados. Assim os Elóis são gado de engorda, que pastam tranqüilos até um dia serem abatidos.

O explorador do tempo salva a Elói, chamada Uína, que quase se afogou e esta cria um laço afetivo com ele, no decorrer do livro ela desaparece da vista do explorador e este termina sofrendo muito por se sentir responsável pela provável morte dela. No fim do livro, o explorador retoma a máquina e desaparece mais uma vez. O narrador então comenta que o explorador sumiu já faz 3 anos, provavelmente, voltou para o futuro para viver junto de Uína, ou quem sabe morreu em uma de suas aventuras. Assim termina o livro, com um mistério da morte do explorador, ou da felicidade do amor encontrada para todo sempre.

Acredite na que quiser, é tão incrível o quanto nossa percepeção do universno mudo se pensarmos nas duas possibilidades do futuro do explorador. Boa Sorte.

sábado, 8 de setembro de 2007

Contos Malditos

(inspirado em “Diga não às Drogas – Luis Fernando Veríssimo”.)

OBS: (Antes, instruo que conheçam a fonte de inspiração para que percebam a intenção do texto. A história é real).

Escrevo-lhes mais um texto pessoal. Um conto maldito do qual fui protagonista, vítima e ainda guardo seqüelas. Tudo começou como na maioria dos traumas, na infância.

Tinha eu a liberdade permitida aos meninos de 5 anos. Andar de bermuda, muito mal de cueca, para todos os lados. Ir para a casa dos outros sem preocupar-me com as horas, o clima, a fome ou quaisquer preocupações.

Mas tudo isso foi mudando. Fui presenteado com um relógio, extremamente grande e chamativo para minha minguada estrutura física. Tinha então o controle do tempo, ou melhor, a responsabilidade do tempo. Daí então não mais tirei o relógio do pulso, nem pra tomar banho, pois não podia perder a cronometragem dos minutos expendidos. Tinha a preocupação da hora pra ir deitar, a hora em que acordava a hora do almoço, do desenho (essa eu já tinha), a hora disso, a hora daquilo etc. Mas as coisas foram se complicando quando recebi de presente uma carteira. Aquele objeto com tantas alocações precisava ser preenchido, e eu só tinha a carteirinha da escola. Eu comecei a sentir a necessidade de dar uso aquele presente.

Passei a guardar papéis com recortes de desenhos, figurinhas de álbuns de coleção, chicletes, lápis, borracha... Não percebi, mas estava me viciando. Daí a coisa foi ficando maior. Eu não sabia mais como a minha vida podia existir sem esses utensílios. Passei a andar pra todo lado de mochila. Visitar um amigo fazia minha mãe pensar que eu tramava fugir de casa. Eu precisava levar a carteira de identidade (podia sofrer um acidente), chicletes, biscoito (se ficasse na rua e sentisse fome?), água, guarda-chuva (e se chovesse?), roupas de frio (podia esfriar), bloquinho de papel, lápis, borracha (se eu sentisse inspiração e não escrevesse? Perderia!), uns livros (pra me entreter), celular, cartão de telefone, chinelo ou tênis, óculos escuros, touca, desodorante... eu já tinha dificuldade de sair sem estar preparado pra tudo. Percebi isso quando tinha dor nas costas por causa do peso da mochila e quanto à mochila passou a ter o meu cheiro. Era quase um simbionte, passava a fazer parte de mim e eu não conseguia ficar sem ela, pois me sentia despreparado para o mundo.

Percebi que estava complicando a minha vida, imaginava que necessitaria de um carro para poder passear sem me preocupar e que ao invés de uma casa, compraria um trailer, sim, um trailer com um compartimento de despensa gigantesco que pudesse guardar meio mundo. Nessa época adorei o desenho do gato Félix, pois ele possuía uma bolsa sem fundo que era meu desejo secreto. Eu sentia desejo de ter uma pochete, me sentiria o Batman...

Com o incentivo de minha dor nas costas e projeção de meu futuro passei a passear de chinelo, bermuda e camiseta. Em casos drásticos me arriscava até a cidade mais próxima apenas com o celular e o dinheiro da passagem. Foi um período difícil, mas consegui superar o pior da crise. Hoje em dia, saio com um boné, um mp3, dinheiro e chaves de casa. Às vezes me pego trazendo outra blusa na mão um cartão de crédito para comprar “algo que venha a precisar”. Quando passeio de carro realmente relaxo ao ponto de levar alguns objetos indispensáveis como casaco, roupas, desodorante, biscoitos, água... mas pelo menos não me trazem tanto desconforto.

Se você está nessa situação, calma tenha perseverança de que você irá superar. Passe a comprar o pão na esquina sem levar todos os documentos, tente passear sem levar sempre uma máquina fotográfica, apenas o necessário, o extraordinário é demais.

Perseverança, eu sei que você consegue se superar.

Informação: Isso é um sintoma de DOC, Distúrbio Obsessivo Compulsivo, carregar um monte de coisas que não são necessariamente necessárias. (sim, quis escrever assim).

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Aos "dO contrA"

O “do contra”. Esse rato no navio, esse perturbador da ordem pública, maldito gene recessivo responsável pelo incômodo e modificação! Coceira crônica dos conservadores, incomoda mais do que espinha no nariz em festa de 15 anos, malditos sejam os “do contra”, que sempre vem a dizer que não concordam com o jeito que estão as coisas, que não gostam de determinada teoria ou que desconfiam daquele político!

Deve-se felicitações aos “do contra”. São estes cães raivosos que mostram outra perspectiva a observar, que interpretam os textos captando conjecturas diferentes da generalizada. São estes os divisores de água.

Primeiro, para ser do contra é necessário coragem, fazer parte de um grupo é uma característica humana ao passo que ser do contra é partir contra essa carga natural, seguindo a iluminação pessoal, enfrentando a chance de ser expurgado da matilha, chave da sobrevivência. Atualmente é muito mais fácil ser do contra, toda a tecnologia permite que você “sobreviva” (não escrevi “viva”) sem a necessidade de grupos sociais, desde que pague por isso. Em tempos antigos era bem mais difícil.

Todo movimento, intelectual, social ou mesmo algumas inovações tecnológicas (pesquisas com células tronco) possui seus seguidores, suas correntes que fluem junto com o movimento e até mesmo após, movimentadas pela inércias de suas modificações, mas possui também o poder de atiçar outros pensadores, que criam movimentos contrários. Parece até algo com a lógica natural que tudo tem seu oposto, hehehe.

Comento o exemplo histórico sobre Pablo Picasso, tido como fundador do Cubismo, influenciou outro artista contemporâneo, Jackson Pollock a partir para o Expressionismo Abstrato. Ao que ouvi falar, Pollock não gostava da arte de Picasso, uma mistura de inveja e gosto pessoal. A arte de ser do contra incrementa a sociedade e permite a visualização do mesmo por outras frestas, apenas outras. Tenho de comentar os “do contra” que são assim por esporte ou por pagamento, esses sim são chatos de galochas, pois são contra até eles mesmo, desde que alguém banque. Mas os que mexem no queijo dos outros, dão voz a muitos que pensam e não conseguem se libertar das amarras da boiada e por isso vivem infelizes em sua vontade subjugada pelo próprio medo de serem excluídos. São estes os pensadores que podem, através da solidão e ocultabilidade criada pelas grandes metrópoles se unirem e repensarem o que ocorre com o mundo seus participantes. Estes marginais, quase nunca apreciados, nunca entendidos, que são sempre desejosos de mudanças, mostram o lado careta e louco de coisas loucas e caretas. Formam a sopa social que faz encontrar o outro lado da moeda na mesma moeda tantas vezes lançada aos céus.

Aos “dO contrA”, MUITO OBRIGADO.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Video game que nos Evolui

Há mais de uma década os games fazem parte da minha vida. Comecei a jogar no Atari, passando por MasterSystem, Nes (joguei pouco nesse console), MegaDrive,Snes (joguei muuuito),SegaCD,3DO,Saturn,Playstation(meu 1º aparelho, os outros eram de parentes,amigos e locadoras),N64,Dreamcast,Playstation 2(meu 2º e atual aparelho).Joguei games dos mais simples e ridículos aos mais incríveis e marcantes.Os games no inicio não tinham os mesmos recursos que encontramos hoje(principalmente na imagem)mais divertiam muito.Não que os games da geração atual não divirtam,mas era bem mais empolgante antigamente(escreverei uma matéria mais detalhada sobre esse tema um outro dia).Mas apesar da maioria dos games serem focados ao entretenimento,estes jogos possuem inúmeras qualidades.

Há tempos se fala que videogame não e mais coisa de criança. O setor vem ganhando força ano após ano. Milhões de dólares são investidos no desenvolvimento de novos aparelhos e jogos (um mercado mais lucrativo do que os filmes americanos). Aparelhos que vão desde portáteis multifuncionais a consoles que reproduzem DVDs e tem vários apetrechos de entretenimento utilizados nos jogos (controle remoto, tapete, guitarra, tambor, etc.). E jogos que pareçam simples por seus gráficos e personagens bonitinhos e musicas que não saem da nossa cabeça há grandes produções (com mais de 100 pessoas na equipe de desenvolvimento) de alto orçamento com musicas orquestradas e gráficos (imagens dos jogos)...

...que são de encher os olhos e nós fazem duvidar de onde será o limite dos aparelhos.

Acredito que o uso de games quando bem dosados, estimula o desenvolvimento intelectual das pessoas, pois além de contribuir com a coordenação motora e reflexos os game fazem com que seus usuários desenvolvam o raciocínio e criatividade. Alguns jogos com caráter matemático e estratégico auxiliam no desenvolvimento de raciocínio para tomar decisões em situações repentinas. Também auxiliam no desenvolvimento de análises ("PENSE ANTES DE AGIR").

Já foi comprovado em pesquisas que crianças e jovens que tiveram contato com aparelhos eletrônicos (videogame, jogos portáteis, celulares, computadores) tendem a interpretar, assimilar e desenvolver melhor trabalhos que envolvem novas tecnologias.

Por isso acredito que os games contribuem para:


- melhorar o raciocínio lógico
- auxiliam na tomada de decisões rápidas
- melhora a criatividade e a concentração
- melhoram na aprendizagem de línguas e culturas estrangeiras

Além que alguns desses games podem contribuir especificamente com:

- raciocínio abstrato,
- abstração musical,
- raciocínio tático,
- raciocínio estratégico.

Alguns jogos que se enquadram nesses requisitos:

JOGOS DE AVENTURA (OKAMI,SUPER MARIO,SONIC,PITFALL)

JOGOS DE CORRIDA (GRAN TURISMO,NEED FOR SPEED,BURNOUT)

JOGOS DE AÇÃO (CONTRA,PRINCE OF PERSIA,GEAR OF WAR,GOD OF WAR)

JOGOS DE TIRO (KILLZONE,CALL OF DUTY,FEAR,URBAN CHAOS)

JOGOS DE LUTA (STREET FIGHTER II,MORTAL KOMBAT,THE KING OF FIGHTERS,TEKKEN)

JOGOS DE ESTRATEGIA (AGE OF EMPIRE,WARCRAFT,STARCRAFT)

JOGOS DE RPG (FINAL FANTASY,ZELDA,FABLE,VALKYRIE PROFILE,VAGRANT HISTORY)

JOGOS DE MÚSICA (GUITAR HERO,DANCE DANCE REVOLUTION,PARAPPA THE RAPPER)

Os games não vão substituir a mesma sensação de estar com seus amigos ou namorada e de praticar uma atividade física que se possa ter na escola ou com os colegas (futebol, vôlei, basquete, etc.). Mais podemos nos divertir e aprender muito com eles.

Por experiência própria, acredito que quem joga videogames 'geralmente' é mais esperto do que quem não joga.

Não quero dizer que os jogos transformam uma pessoa num gênio, mas penso que melhora as habilidades que tem.

REFLEXÃO:"Quem não conhece o mal não pode se dizer de coração puro, pois não sabe se seria capaz de resistir a sua força... Para ter o coração puro é preciso que se encontre o equilibrio entre as forças em seu interior..." - Autor desconhecido.

domingo, 5 de agosto de 2007

Repetição

Já li em vários lugares que a repetição é a alma do rock. Desde então tenho percebido que em vários casos isso se torna verdade. Desde muito antes do rock existir, a repetição já estava presente na música. Penso nos cânticos budistas, músicas tribais com aqueles batuques repetitivos, talvez até no cântico dos pássaros.

Será que existe uma relação da repetição com o funcionamento do cérebro? Vejo que na maioria das pessoas um grande fator de reclamações é a monotonia da vida, a rotina. Por que será então que elas relaxam ouvindo músicas tão repetitivas?

Estive lendo sobre as ondas cerebrais. É consenso que o cérebro funciona no dia a dia em ondas BETA. Essas ondas estão numa faixa de 14-38 ciclos por segundo aproximadamente. Aí estamos num estado desperto, a mente solucionando problemas e interagindo com o meio. Quando dormimos, ou estamos bastante relaxados, estamos em estado ALPHA, TETA ou DELTA, em ordem decrescente de ciclos pro segundo.

De alguma maneira a repetição da música influencia o subconsciente. É fato que a freqüência das batidas dos sons influencia as ondas cerebrais, deixando a pessoa muito ou pouco relaxada. Não entendo como a repetição de uma música pode deixar a pessoa excitada. Isso no caso em que independe a batida da música; seja ela rápida, várias batidas por minuto, seja ela lenta.

A batida da música interfere de maneira diferente nas pessoas. Alguns não se sentem bem com músicas rápidas, outros não suportam músicas lentas. Mas a repetição está presente em todos os casos.

Vou continuar lendo por aí se encontro algo mais esclarecedor acerca disso tudo.

Pra mim o maior exemplo de repetição são os Ramones. Já cansei de discutir a qualidade musical de suas músicas. E como eu gosto de ser do contra, começo sempre falando mal. Meu maior exemplo é “I don’t care”. A música é terrível: chata, 3 versos, 3 acordes, repetitiva, 1:39min. Não é criativa, usa os mais batidos acordes do rock. – Na verdade, essa é a marca dos Ramones e do punk em geral. – Impressionante. Mas eu adoro! Incansável de se ouvir. Pegajosa. Aliás, a música é um dos meus motes (cito agora os ditos 3 versos): I don't care (he don't care)/I don't care about this world/I don't care about that girl”. E quem disser que é ruim vem falar comigo.

E vida longa ao rock!

Segue de cabeça a cifra:

Intro AAGA GAGF G

Versos A F G

Refrão A G F

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Doutrinando A Raiva

Estou aqui pra escrever um pouco sobre motivação e vencer os desafios. Fungindo daquelas frases feitas de “acredite em si mesmo” ou “O Senhor vai te ajudar”. O caso que venho lhes explicar é muito mais simples e prático, posto que o desafio não é a competitividade frente aos outros, ou a superação através do exercício, apenas um caso de alguém que não acreditava em si mesmo.

Desde novo tenho uma grande fobia, piscina. Não água, piscina! Não sei se quando se iniciou, mas sei que desde muito novo, antes mesmo dos 6 anos. Bem, então tinha eu um problema, a piscina. Eu ia pra praia na maior moleza, ficava tomando “caixote” nas ondas, mas quando a água era clara e o ambiente azul-ciano, me tremia as bases. Claro que o motivo desse medo era puramente psicológico, posto que numa piscina é mais difícil de se afogar que no mar. Mas eu não conseguia superar o medo, o temor, o coração batia acelerado, os olhos quase choravam, o ar faltava e aí eu tinha que tirar o rosto da água, sendo que eu estava na borda.

A parte da motivação está aqui. Eu sabia que isso iria criar problemas para minha pessoa, sendo catastrófico como sempre, me imaginava com 40 anos de idade e meu filho sentindo vergonha de mim porque eu tinha medo de piscina; As atrofias de meus músculos que iria desenvolver por não desenvolver (irônico não?) meus músculos com atividades físicas. Daí percebi que eu deveria vencer esse medo. Mas como? Nada dessas frases feitas me acalmava a alma. Tudo parecia ser uma mentira criada por alguém que queria vender livros, mais tarde percebi que estava certo em alguns pontos. Então eu me lembrei de que quando você está perto da morte, você consegue feitos incríveis de superação. Claro que não iria arriscar a minha vida assim, mas deveria utilizar esse conhecimento de alguma maneira. Vi que era a sensação de morte, ou melhor, susto que dava forças, ou seja, não pensar muito e ir adiante. Essa foi a minha chave, a minha meta.

Não estava tentando superar um recorde, era apenas um medo interno. Então eu precisava de uma desculpa, uma mentira para enganar a mim mesmo, usando de trampolim para ir até a água. Parece idiotice, mas quando você deseja fazer algo, o medo sempre termina criando desculpas e respostas pra você deixar isso pra mais tarde. Então eu precisava falsificar um motivo para conseguir vencer meu medo. Nada melhor do que amor, o amor resolve tudo. Criei uma visão, logicamente, desastrosa e amendrontadora sobre meu futuro com medo d’água e de tudo o que eu deixaria de ganhar e perder não vencendo esse medo, daí eu me imaginava nesse futuro, relembrando o passado e pensando o que eu faria diferente no meu passado, ou seja, agora! E aí eu me via na condição de consertar a minha falha do passado, pois eu estava no presente. Olhei para a água e saltei!!

Claro que bebi água, lógico que quase me arrependi, mas aí eu tinha conseguido, eu já estava na água, agora era agüentar. Daí eu consegui melhorar, mas o medo voltava na medida em que eu demorava muito tempo pra voltar a nadar. Fiz natação por cerca de 6 meses, ainda com um pouco de medo a cada dia. Todo dia eu demorava uns 10 ou 15 minutos pra me acostumar com a água, pra começar a nadar, mas nadava. Depois disso voltou outras vezes, mas eu fazia a mesma técnica. Olhava pro futuro, imagina um desastre, e deixava a raiva crescer dentro de mim, o ódio dominara minha mente e daí eu enfrentava. Recentemente tive de usar essa técnica para aprender a descer até o fundo de piscinas de 5 metros. Fiquei 2 semanas tentando, até que usei de novo a técnica do “QUE SE FODA!!!” Claro que neste caso eu tinha de manter uma certa concentração por questões de segurança, descer um pouco, fazer a descompressão auditiva, treinar a apinéia... Mas o medo de tentar era o que me segurava e é assim que eu o superei, este e muitos outros. Nisso me lembro do filme, “A Odisséia” em que Ulisses fala para seu filho que ele deve ter raiva sim, mas na hora certa. A raiva pode agir nas pessoas, mas no caso, consegui achar um uso positivo para ela.

Boa Sorte!