sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Aos "dO contrA"

O “do contra”. Esse rato no navio, esse perturbador da ordem pública, maldito gene recessivo responsável pelo incômodo e modificação! Coceira crônica dos conservadores, incomoda mais do que espinha no nariz em festa de 15 anos, malditos sejam os “do contra”, que sempre vem a dizer que não concordam com o jeito que estão as coisas, que não gostam de determinada teoria ou que desconfiam daquele político!

Deve-se felicitações aos “do contra”. São estes cães raivosos que mostram outra perspectiva a observar, que interpretam os textos captando conjecturas diferentes da generalizada. São estes os divisores de água.

Primeiro, para ser do contra é necessário coragem, fazer parte de um grupo é uma característica humana ao passo que ser do contra é partir contra essa carga natural, seguindo a iluminação pessoal, enfrentando a chance de ser expurgado da matilha, chave da sobrevivência. Atualmente é muito mais fácil ser do contra, toda a tecnologia permite que você “sobreviva” (não escrevi “viva”) sem a necessidade de grupos sociais, desde que pague por isso. Em tempos antigos era bem mais difícil.

Todo movimento, intelectual, social ou mesmo algumas inovações tecnológicas (pesquisas com células tronco) possui seus seguidores, suas correntes que fluem junto com o movimento e até mesmo após, movimentadas pela inércias de suas modificações, mas possui também o poder de atiçar outros pensadores, que criam movimentos contrários. Parece até algo com a lógica natural que tudo tem seu oposto, hehehe.

Comento o exemplo histórico sobre Pablo Picasso, tido como fundador do Cubismo, influenciou outro artista contemporâneo, Jackson Pollock a partir para o Expressionismo Abstrato. Ao que ouvi falar, Pollock não gostava da arte de Picasso, uma mistura de inveja e gosto pessoal. A arte de ser do contra incrementa a sociedade e permite a visualização do mesmo por outras frestas, apenas outras. Tenho de comentar os “do contra” que são assim por esporte ou por pagamento, esses sim são chatos de galochas, pois são contra até eles mesmo, desde que alguém banque. Mas os que mexem no queijo dos outros, dão voz a muitos que pensam e não conseguem se libertar das amarras da boiada e por isso vivem infelizes em sua vontade subjugada pelo próprio medo de serem excluídos. São estes os pensadores que podem, através da solidão e ocultabilidade criada pelas grandes metrópoles se unirem e repensarem o que ocorre com o mundo seus participantes. Estes marginais, quase nunca apreciados, nunca entendidos, que são sempre desejosos de mudanças, mostram o lado careta e louco de coisas loucas e caretas. Formam a sopa social que faz encontrar o outro lado da moeda na mesma moeda tantas vezes lançada aos céus.

Aos “dO contrA”, MUITO OBRIGADO.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Video game que nos Evolui

Há mais de uma década os games fazem parte da minha vida. Comecei a jogar no Atari, passando por MasterSystem, Nes (joguei pouco nesse console), MegaDrive,Snes (joguei muuuito),SegaCD,3DO,Saturn,Playstation(meu 1º aparelho, os outros eram de parentes,amigos e locadoras),N64,Dreamcast,Playstation 2(meu 2º e atual aparelho).Joguei games dos mais simples e ridículos aos mais incríveis e marcantes.Os games no inicio não tinham os mesmos recursos que encontramos hoje(principalmente na imagem)mais divertiam muito.Não que os games da geração atual não divirtam,mas era bem mais empolgante antigamente(escreverei uma matéria mais detalhada sobre esse tema um outro dia).Mas apesar da maioria dos games serem focados ao entretenimento,estes jogos possuem inúmeras qualidades.

Há tempos se fala que videogame não e mais coisa de criança. O setor vem ganhando força ano após ano. Milhões de dólares são investidos no desenvolvimento de novos aparelhos e jogos (um mercado mais lucrativo do que os filmes americanos). Aparelhos que vão desde portáteis multifuncionais a consoles que reproduzem DVDs e tem vários apetrechos de entretenimento utilizados nos jogos (controle remoto, tapete, guitarra, tambor, etc.). E jogos que pareçam simples por seus gráficos e personagens bonitinhos e musicas que não saem da nossa cabeça há grandes produções (com mais de 100 pessoas na equipe de desenvolvimento) de alto orçamento com musicas orquestradas e gráficos (imagens dos jogos)...

...que são de encher os olhos e nós fazem duvidar de onde será o limite dos aparelhos.

Acredito que o uso de games quando bem dosados, estimula o desenvolvimento intelectual das pessoas, pois além de contribuir com a coordenação motora e reflexos os game fazem com que seus usuários desenvolvam o raciocínio e criatividade. Alguns jogos com caráter matemático e estratégico auxiliam no desenvolvimento de raciocínio para tomar decisões em situações repentinas. Também auxiliam no desenvolvimento de análises ("PENSE ANTES DE AGIR").

Já foi comprovado em pesquisas que crianças e jovens que tiveram contato com aparelhos eletrônicos (videogame, jogos portáteis, celulares, computadores) tendem a interpretar, assimilar e desenvolver melhor trabalhos que envolvem novas tecnologias.

Por isso acredito que os games contribuem para:


- melhorar o raciocínio lógico
- auxiliam na tomada de decisões rápidas
- melhora a criatividade e a concentração
- melhoram na aprendizagem de línguas e culturas estrangeiras

Além que alguns desses games podem contribuir especificamente com:

- raciocínio abstrato,
- abstração musical,
- raciocínio tático,
- raciocínio estratégico.

Alguns jogos que se enquadram nesses requisitos:

JOGOS DE AVENTURA (OKAMI,SUPER MARIO,SONIC,PITFALL)

JOGOS DE CORRIDA (GRAN TURISMO,NEED FOR SPEED,BURNOUT)

JOGOS DE AÇÃO (CONTRA,PRINCE OF PERSIA,GEAR OF WAR,GOD OF WAR)

JOGOS DE TIRO (KILLZONE,CALL OF DUTY,FEAR,URBAN CHAOS)

JOGOS DE LUTA (STREET FIGHTER II,MORTAL KOMBAT,THE KING OF FIGHTERS,TEKKEN)

JOGOS DE ESTRATEGIA (AGE OF EMPIRE,WARCRAFT,STARCRAFT)

JOGOS DE RPG (FINAL FANTASY,ZELDA,FABLE,VALKYRIE PROFILE,VAGRANT HISTORY)

JOGOS DE MÚSICA (GUITAR HERO,DANCE DANCE REVOLUTION,PARAPPA THE RAPPER)

Os games não vão substituir a mesma sensação de estar com seus amigos ou namorada e de praticar uma atividade física que se possa ter na escola ou com os colegas (futebol, vôlei, basquete, etc.). Mais podemos nos divertir e aprender muito com eles.

Por experiência própria, acredito que quem joga videogames 'geralmente' é mais esperto do que quem não joga.

Não quero dizer que os jogos transformam uma pessoa num gênio, mas penso que melhora as habilidades que tem.

REFLEXÃO:"Quem não conhece o mal não pode se dizer de coração puro, pois não sabe se seria capaz de resistir a sua força... Para ter o coração puro é preciso que se encontre o equilibrio entre as forças em seu interior..." - Autor desconhecido.

domingo, 5 de agosto de 2007

Repetição

Já li em vários lugares que a repetição é a alma do rock. Desde então tenho percebido que em vários casos isso se torna verdade. Desde muito antes do rock existir, a repetição já estava presente na música. Penso nos cânticos budistas, músicas tribais com aqueles batuques repetitivos, talvez até no cântico dos pássaros.

Será que existe uma relação da repetição com o funcionamento do cérebro? Vejo que na maioria das pessoas um grande fator de reclamações é a monotonia da vida, a rotina. Por que será então que elas relaxam ouvindo músicas tão repetitivas?

Estive lendo sobre as ondas cerebrais. É consenso que o cérebro funciona no dia a dia em ondas BETA. Essas ondas estão numa faixa de 14-38 ciclos por segundo aproximadamente. Aí estamos num estado desperto, a mente solucionando problemas e interagindo com o meio. Quando dormimos, ou estamos bastante relaxados, estamos em estado ALPHA, TETA ou DELTA, em ordem decrescente de ciclos pro segundo.

De alguma maneira a repetição da música influencia o subconsciente. É fato que a freqüência das batidas dos sons influencia as ondas cerebrais, deixando a pessoa muito ou pouco relaxada. Não entendo como a repetição de uma música pode deixar a pessoa excitada. Isso no caso em que independe a batida da música; seja ela rápida, várias batidas por minuto, seja ela lenta.

A batida da música interfere de maneira diferente nas pessoas. Alguns não se sentem bem com músicas rápidas, outros não suportam músicas lentas. Mas a repetição está presente em todos os casos.

Vou continuar lendo por aí se encontro algo mais esclarecedor acerca disso tudo.

Pra mim o maior exemplo de repetição são os Ramones. Já cansei de discutir a qualidade musical de suas músicas. E como eu gosto de ser do contra, começo sempre falando mal. Meu maior exemplo é “I don’t care”. A música é terrível: chata, 3 versos, 3 acordes, repetitiva, 1:39min. Não é criativa, usa os mais batidos acordes do rock. – Na verdade, essa é a marca dos Ramones e do punk em geral. – Impressionante. Mas eu adoro! Incansável de se ouvir. Pegajosa. Aliás, a música é um dos meus motes (cito agora os ditos 3 versos): I don't care (he don't care)/I don't care about this world/I don't care about that girl”. E quem disser que é ruim vem falar comigo.

E vida longa ao rock!

Segue de cabeça a cifra:

Intro AAGA GAGF G

Versos A F G

Refrão A G F