quinta-feira, 29 de maio de 2008

Repórteres ou leitores

Estive pensando acerca dos paparazzi e sua busca por informações das celebridades ou de qualquer fato que gere notícia. Se o repórter tem a intenção, e missão de informar, ele deve procurar a informação e gerar comunicação a partir da notícia. Mas sabe-se que o controle da informação inútil poder ser bastante vendável, tipo, quanto a Mulher Melancia calça ? Ao passo, este repórter só faz aquilo que sabe que irá ser comprado pelo consumidor, ele é só uma ferramenta de informação inútil porque é procurado pelas pessoas ou ele tem mais poder e decide que tipo de informação o leitor irá desejar ? Fica pra vocês.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Onde está o EMO?

Onde está o Emo? Tem ouvido falar dele? Onde está NX Zero, Dibob, Simple Plan? Pois é, e alguém achava que esse tipo de música ia durar muito tempo? Todos sabiam que essa vertente do rock era apenas moda e mídia.

Mas por que uma coisa como essas consegue influenciar tantas pessoas? Como ela alcança o mercado de tal forma a transformar tudo em emo?

Acho que isso é coisa de adolescente mesmo. Essa mania de querer inventar, mania de querer ser diferente e novo. Comportamento típico da tenra idade. É, eu já fui adolescente (!), eu sei como é. E o adolescente controla a praça popular. Direta ou indiretamente.

Eu não gostava nem gosto de emocore. Um dos motivos é que conseguiram transformar um movimento de protesto – uma forma divertida de desabafar revolta política –, em choro de criança. O emocore, veia do hardcore, e este artéria do punk, conseguiu acabar com algumas décadas de rebeldia.

Não vejo problema em resmungar as mágoas amorosas e desencantos com a vida. Eu tenho um flanco fraco nesse ponto também. Mas tinha quer usar o punk pra isso? Tudo bem. Os Ramones cantavam desilusões amorosas também, mas não era assim tosco como o Emocore fez.

Outro motivo do meu repúdio ao emocore pode ser a qualidade do que é produzido. O que aconteceu foi que umas 2 ou 3 bandas começaram a fazer um som legal com essa temática emotiva (não cito nomes por não as conhecer) e o resto copiou descaradamente. E tornaram ainda pior a qualidade do que já não era tão bom – eu não acho que o hardcore tenha assim tanta qualidade musical.

E pra mim, o pior: eu não admito um desejo de revolução se o que já está fluente é tão bom. Com isso, quero dizer que já existe coisa boa que foi produzida e está sendo produzida sem necessidade de desmoralizar o rock.

Pra mim o rock é rebeldia em essência: não há problema em falar de amor, mas isso deve ser encarado com resistência e vigor.

Está na hora de citar alguns exemplos. Eu, quando estou numa fase “deprê”, costumo ouvir algumas coisas do tipo The Gathering, Ill Niño, e os clássicos, Cure, Joy Division, Legião Urbana, e muitos outros que sabem se expressar e mantém um certo nível.

Fora do rock, pra mim, é que está o mais interessante. Tirando Roberto Carlos, Fagner e Reginaldo Rossi – clássicos –, sobra o quê? Hum? Toda a bossa nova, é claro!

Olha, pra mim esse é uma das grandes coisas do Brasil: A Bossa Nova. Desde os seus pais, Samba e Jazz, até as novidades eletrônicas. Muito material bom. Abrange do delicado, do amor platônico, da dor de cotovelo até o divertido, o saudável, o galante, cafajeste amor. Além das letras temos, é claro, a técnica, a habilidade musical.

Da bossa nova nem vou citar artistas. É só sortear um nome e se deliciar com o som.

Entendem agora por que o meu descaso com o emocore? Tanta coisa no mundo pra aliviar as mágoas, e precisam ainda inventar moda?

Acho que, enfim, consegui expor meu ponto de vista.

Para quem estiver querendo saber mais sobre música de qualidade, vou deixar esse link que informa bastante sobre a MPB, das antigas. No link, a letra de uma das minhas favoritas: Samba em prelúdio.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Pré-Julgamento do Cigarro

O Cigarro! O inimigo! Acompanhei a mudança do cigarro de companheiro para carrasco. A propagando do cigarro era livre, alegre, bastante convidativa. Tinha apenas uma tela azul com umas letras em branco e uma voz que falava algo que não devia ser muito interessante, senão apareceria em cores mais chamativas.

Durante a política da boa vizinhança do cigarro com o mundo, tudo prosperou. Desde os agricultores, como os transportadores, indústria, empresários, distribuidores e botequins, claro que junto com as doenças, cânceres, crises alérgicas, revoltas, processos e mortes.

Foi tudo bem, enquanto estava bem, quando foi provado, por A mais B e depois comprovado por B mais A que o cigarro era cancerígeno, as coisas começaram a se modificar. A propaganda na TV e rádio demorou, bastante a meu ver, mas foi cortada. Virou, para muitos uma onda, para outros uma política de vida, não apenas endemoniar o cigarro como também o fumante, muitas vezes, já preso ao vício antes mesmo de se dar conta da responsabilidade de seus atos. Alguém aqui já ouviu falar dos cigarros de leite?

Eu penso o seguinte, se é de intenção, de se eliminar o fumo, seria bem simples de proibir a produção do cigarro? Ou aumentar o maço para R$10,00? Sei que isso não é possível, acredito que por uma função econômica. Se existem fazendas e mais fazendas produzindo tabaco, empresas que se sustentam com a produção do cigarro, empresários que são donos de distribuidoras, e mais uma penca de gente que trabalha nesses lugares, imagine só a demissão mundial que iria ocorrer se fosse proibido o cigarro. Concordo com os enormes gastos em saúde por causa dos problemas advindo do cigarro, mas pense só.

Os donos dos negócios, claro que iriam pegar seus investimentos e redefinir sua base de sustentação, mas e o funcionário lá embaixo? Você pode até pensar que é exagero meu, que o funcionário seria re-alocado em outro tipo de empresa, mas estou falando da quantidade de gente no mundo que sobrevive do cigarro. Se quando ocorrem demissões duma indústria, já cria um problema de desempregados em excesso naquela cidade, imagine no mundo? Quanta falta de investimento empresas de transporte normal deixariam de receber porque não poderem mais transportar o cigarro? Levariam todos numa falência seqüencial, uma escala dominó. Quem não recebe não pode pagar.

Supondo isso, penso em tantas outras coisas que deviam ser resolvidas na sociedade em ao invés disso, são sustentadas. As decisões não são fáceis, uma coisa influencia em outra, que influencia numa terceira, numa quarta ...

Não que tudo o que digo seja 100% certo, mas pensando nisso lembro da quantidade absurda de pré-julgamentos que fazemos das situações, da sociedade e das pessoas.

O mp3, por exemplo, sendo um destruidor do respeito aos autores de músicas e tudo mais, mas também existe o fato da diminuição na produção de CD´S, da extração desse material, das distribuidoras e motoristas; Até mesmo a vida de algumas gravadoras está ameaçada, pois a produção independente vem avançando, e sua distribuição totalmente virtual. E além disso as diversas vezes que vemos um comentário de aumento de salários e pulamos felizes, claro, não conseguimos prever direito como isso irá aumentar a inflação !

A nossa percepção não pode ser de apenas um prisma, temos de buscar a outra opinião, ter compaixão ao outro e sua voz. O problema é que isso exige comprometimento e compaixão e ninguém quer ter responsabilidade, nem respeitar o outro.

Vemos aquilo que nos interessa e o resto, é exatamente isso, resto!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Potenciais

"Onde não há potencial, não há movimento".

Acho que a introdução do potencial no estudo da natureza foi uma das sacadas mais interessantes dos cientistas. Não tenho certeza, porém acredito que exista o conceito de potencial em todas as áreas da ciência. Para citar apenas alguns, temos o potencial elétrico, energia potencial elástica, gravitacional. Esses potenciais são vistos perante a ótica de energia, que com certeza é interessantíssima.

Eu vi uma entrevista há pouco tempo. Foi apenas uma pequena parte, mas o homem falava sobre o conceito de potencial na física. Isso me fez pensar sobre o potencial aplicado ao cotidiano.

O potencial é uma forma de dizermos que aquele lugar ou objeto apresenta uma valor diferente daquele que estipulamos para o nosso “nível zero”. Dessa forma, o sistema possui uma certa quantidade disponível em relação a outro sistema. Podemos usar essa quantidade a nosso favor, fazendo o sistema alcançar o nível zero, ou temos que disponibilizar para o sistema uma quantidade para ele sair do nível zero. Dizer isso de maneira informal fica meio estranho mesmo...

Fisicamente, por exemplo, temos a energia potencial gravitacional(U). Suponhamos que você esteja no alto de um prédio com um objeto na mão. Digamos que o nosso “nível zero” seja a rua. Hoje conhecemos uma fórmula para quantificar U, que é U=mgh, onde m é a massa do objeto, g é a aceleração da gravidade(constante nesse caso) e h a altura do prédio em relação à rua. Pronto. O objeto possui um potencial. Se você soltar o objeto, esse potencial vai ser usado para levar o objeto até a rua. Nesse ponto, agora, ele tem potencial zero. Se você quiser levá-lo de volta até o alto do prédio, precisa gastar o potencial dos seus músculos subindo as escadas. Ou, se considerar um buraco abaixo da rua, pode soltar o objeto de novo que ele vai para o fundo do buraco. Modificamos aí nosso nível zero.

Fora da física, eu nunca tinha pensado no potencial. Mas vejo que o nosso movimento, as nossas ações são realizadas porque existe um potencial intrínseco no sistema. Explico: quando vamos trabalhar, apenas o fazemos porque queremos alcançar um determinado nível: ganhar dinheiro, por exemplo. Se esse nível tiver um valor menor que “estudar”, p. ex., iremos então estudar. O potencial do trabalho é usado para nos dar dinheiro nesse caso.

A diferença de potencial é o que nos faz querer sair do lugar, fazer alguma coisa. Quem tem um potencial artístico deve gastá-lo produzindo artes. O potencial nos diz que temos algo sobrando e que podemos usá-lo da melhor maneira que nos convier.

Sem um potencial, não fazemos nada. Acho que, nessa hora, estaremos mortos.

No momento, o meu potencial vai ser usado para ir fazer o jantar. O nível zero? Matar minha fome hehehehehe

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Animais geneticamente modificados

Foi só uma estranha sensação sobre a mudança, além de teorias da conspiração com essas modificações. Modificações genéticas com animais não é novidade, mas lendo esse artigo pensei no seguinte:
Para combater os mosquitos da dengue, a Malásia produz mosquitos geneticamente modificados, que ao gerarem ovos, suas larvas morrerão antes de virarem mais mosquitos.
Ler matéria

Perfeito. Mas fico pensando que, se nós conseguimos ver em nós humanos, modificações físicas e outras anomalias genéticas, e tudo isso pela simples probabilidade. (ou lei de murphy)

Se, sem intervenção científicas, ocorrem anomalias genéticas nos seres vivos, será que esses mosquitos ou outros animais (de difícil controle populacional) como este, não poderiam facilitar para variações cada vez maiores e inesperadas ?

Eu sei que é uma teoria catastrófica, mas existe uma probabilidade das variações genéticas saírem do controle humano, e "avaçarem" em evolução muito a frente do que avançamos em controle desses seres ou os vírus que eles carreguem.

E você, o que acha disso?